Importância da reunião
Os estudos andinos constituem-se como área francamente incipiente no meio científico brasileiro, e a concentração de trabalhos de pesquisa nesse campo temático é consideravelmente recente.
O campo é propício para o debate interdisciplinar, pois, uma vez que se pauta por uma área geográfica, acolhe produção oriunda dos domínios investigativos da antropologia, sociologia, história, arqueologia, relações internacionais, geopolítica e estudos culturais e literários, entre outros.
O tipo de tematização geográfica em que implica também é pouco usual no Brasil, no que respeita à sua projeção para além das fronteiras nacionais (assemelhando-se mais ao caso dos “area studies” que emergiram na academia norte-americana a partir dos anos 30 do século passado); e sua especificidade (a região andina) seria francamente inédita no Brasil não fosse por um primeiro e pioneiro encontro, realizado em junho de 2012 (http://200.144.182.130/cesta/index.php/pt/eventos/2012/85-estudos-andinos-no-brasil-seminario-multidisciplinar ), por iniciativa de parte dos membros da atual comissão organizadora.
O fenômeno da emergência no Brasil desse tipo de estudos, de forma propositivamente sistemática, independente de espelhar certas ênfases dos últimos 20 anos da geopolítica e da diplomacia do país, reflete também (ou sobretudo) o amadurecimento institucional, teórico e metodológico das diversas ciências humanas brasileiras, as quais, uma vez adensada a investigação nas dimensões regional e nacional de seus objetos temáticos, propiciam a constituição de novos espaços de interlocução e dispõem de ferramentas analíticas ― bem como a insinuação de agendas intelectuais alternativas ― aplicáveis à observação dos contextos sociais vizinhos ao nosso contexto nacional, até então tratados por aqui de forma exploratória, genérica, consideravelmente avulsa e algo ensaística.
O que se propõe, portanto, com esse segundo encontro de estudos andinos no Brasil, através do estímulo à constituição de uma rede de pesquisadores que se esforçam por lançar um olhar brasileiro sobre os Andes, é fomentar a criação e reconhecimento de um espaço de interlocução científica tematicamente novo no país, relativamente fora das expectativas convencionais das linhas de pesquisa consagradas das ciências humanas brasileiras (mas que com elas dialoga intensamente) e que, desde o encontro precedente, se dispõe a acolher uma grande diversidade disciplinar e discursiva que, até mesmo pelo volume de trabalhos, escapa à dimensão dos fóruns específicos e particulares das reuniões anuais das associações disciplinares (ANPOCS, ANPUH e ABA, por exemplo), não descartando, no entanto, que possa aí se replicar em menor escala, alcançando parte da rede que ora se pretende constituir.
Assim, a diversidade discursiva, a inovação temática e institucional e a atualidade política, sobre a base de tradições intelectuais consolidadas, pretendem ser os critérios de mensuração da importância desse evento.
Os estudos andinos constituem-se como área francamente incipiente no meio científico brasileiro, e a concentração de trabalhos de pesquisa nesse campo temático é consideravelmente recente.
O campo é propício para o debate interdisciplinar, pois, uma vez que se pauta por uma área geográfica, acolhe produção oriunda dos domínios investigativos da antropologia, sociologia, história, arqueologia, relações internacionais, geopolítica e estudos culturais e literários, entre outros.
O tipo de tematização geográfica em que implica também é pouco usual no Brasil, no que respeita à sua projeção para além das fronteiras nacionais (assemelhando-se mais ao caso dos “area studies” que emergiram na academia norte-americana a partir dos anos 30 do século passado); e sua especificidade (a região andina) seria francamente inédita no Brasil não fosse por um primeiro e pioneiro encontro, realizado em junho de 2012 (http://200.144.182.130/cesta/index.php/pt/eventos/2012/85-estudos-andinos-no-brasil-seminario-multidisciplinar ), por iniciativa de parte dos membros da atual comissão organizadora.
O fenômeno da emergência no Brasil desse tipo de estudos, de forma propositivamente sistemática, independente de espelhar certas ênfases dos últimos 20 anos da geopolítica e da diplomacia do país, reflete também (ou sobretudo) o amadurecimento institucional, teórico e metodológico das diversas ciências humanas brasileiras, as quais, uma vez adensada a investigação nas dimensões regional e nacional de seus objetos temáticos, propiciam a constituição de novos espaços de interlocução e dispõem de ferramentas analíticas ― bem como a insinuação de agendas intelectuais alternativas ― aplicáveis à observação dos contextos sociais vizinhos ao nosso contexto nacional, até então tratados por aqui de forma exploratória, genérica, consideravelmente avulsa e algo ensaística.
O que se propõe, portanto, com esse segundo encontro de estudos andinos no Brasil, através do estímulo à constituição de uma rede de pesquisadores que se esforçam por lançar um olhar brasileiro sobre os Andes, é fomentar a criação e reconhecimento de um espaço de interlocução científica tematicamente novo no país, relativamente fora das expectativas convencionais das linhas de pesquisa consagradas das ciências humanas brasileiras (mas que com elas dialoga intensamente) e que, desde o encontro precedente, se dispõe a acolher uma grande diversidade disciplinar e discursiva que, até mesmo pelo volume de trabalhos, escapa à dimensão dos fóruns específicos e particulares das reuniões anuais das associações disciplinares (ANPOCS, ANPUH e ABA, por exemplo), não descartando, no entanto, que possa aí se replicar em menor escala, alcançando parte da rede que ora se pretende constituir.
Assim, a diversidade discursiva, a inovação temática e institucional e a atualidade política, sobre a base de tradições intelectuais consolidadas, pretendem ser os critérios de mensuração da importância desse evento.